quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Sobre o amor...

(...) O amor é uma forma de tormento. Experimento na carne a saudade em sua expressão mais acertada. A ausência é um intervalo entre os corpos. Quando não há distância a ser percorrida, o corpo que sofre da ausência parece perder a mobilidade. O amor nos coloca num destino único. Quando chega, fecha as portas das possibilidades.

(Fábio de Melo - Mulheres de Aço e de Flores)

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Hoje me dou o direito...

Direito de me sentir fraca, mesmo que a situação exija força...
Direito de calar, mesmo que as palavras insistam em ser pronunciadas...
Direito de me perdoar, mesmo que os pensamentos maldosos me julguem a todo o momento...
Direito de chorar por quem não merece, mesmo que essa tal pessoa não mereça nenhuma gota de lágrima...
Direito de sentir pena de pessoas tão vazias, mesmo que ainda exista em mim uma crença no ser humano...
Direito de sentir raiva, muita raiva, mesmo que minutos depois não exista nenhum sinal dela no meu coração...
Direito de sentir saudades, mesmo ela me maltratando...
Enfim, dou-me o direito de abrir meu coração, mesmo que ele esteja fechado a sete chaves.

(Gabriella Gimenes)

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Pessoas não são objetos

PESSOAS não são como objetos, inertes e sem vida, elas tem sentimentos.Por isso, não devem ser usadas, abandonadas, descartadas como um brinquedo velho, eletrodoméstico usado, objetos descartaveis que após ter sido usadol, expirou o seu tempo e agora irá dar lugar a outro novo ou mais moderno.
Pessoas não devem receber alcunhas que as façam lembrar a todo momento de seu peso ou altura excessiva ou reduzida em demasia, ou ainda que se refiram a sua cor ou deformações que fogem ao rigoroso padrão de beleza de uma sociedade, ou ainda, da individual definição de cada um de nós. Como o que fazemos com peças de vestuário, utensílios domésticos ou equipamentos esportivos. Isso as deprime e as deixam doentes. Pessoas tem um nome que as fazem únicas e gostam de ser reconhecidas por ele. Isso faz com que elas se sintam valorizadas e respeitadas.
Pessoas não devem ser gozadas ou ridicularizadas por caminharem lentamente, envelhecer ou perder a forma; assim como, muitos fazem com automóveis velhos.
Não devemos olhar somente para o exterior das pessoas, nos apercebendo apenas de sua cor, aparência ou contornos anatômicos. Pois elas tem um interior onde guardam seus sentimentos e outras qualidades – valores não inerentes aos objetos – e embora possa não parecer, quase sempre, estão escondidos com os seres mais humildes. Portanto, pense nisso sempre que se aproximar de alguém ou alguém se aproximar de você. As pessoas não são objetos, elas se emocionam, se entristecem e as vezes ficam doentes. Mas, também podem carregar alegria, felicidade, paz, confiança, positividade, fé, harmonia e Deus dentro do peito. Sendo assim, independentemente dos problemas que estejam passando, ainda podem ser muito úteis para qualquer um de nós e ajudar-nos a transformar nossas vidas . Além do mais, os valores humanos não estão relacionados ao que as pessoas tem e sim ao que elas são. Pessoas humildes, muitas vezes, são muito mais estáveis emocionalmente do que muitos milionários; pessoas deficientes, podem ser mais sadia psicologicamente que muitos atletas; pessoas sem muita cultura, podem ter mais sabedoria prática e ter mais a nos ensinar do que imaginamos. Todas as pessoas, inclusive nós, temos muito a oferecer. Pois, afinal de contas, pessoas não são simples objetos. Pessoas são criações de Deus, e assim, com Ele poderão fazer deste mundo um lugar melhor para se viver.

(desconhecido)

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

O fim de um relacionamento pode não ser tão trágico quanto aparenta ser.

Todos acreditavam que se tratava de um príncipe. Sempre gentil, abria a porta do carro, dava presentes com freqüência, era bonito, galanteador e falava eu te amo com tanta freqüência que até mesmo a mais desconfiada das mulheres acreditaria. Um dia o príncipe foi embora, sem muitas explicações disse que o relacionamento estava desgastado e que apesar de todo amor precisava ir embora. Na verdade ele já havia achado uma “nova princesa”. Ele se casou, teve filhos e é bem provável que nem se lembre que um dia deixou um castelo em ruínas causado pela infinita tristeza do abandono.
Por muito tempo o castelo abalado e solitário viveu as sombras da indignação e revolta, ninguém pode imaginar o quanto ela sofreu.
A princesa só conseguiu seguir sua vida quando percebeu que a culpa pelo seu sofrimento era exclusivamente sua. Sim. Nós somos responsáveis pelos nossos sofrimentos e por permitir que as pessoas entrem em nossas vidas e façam o que quiserem. Esquecemos apenas que somos a única pessoa que tem a chave do portão e que podemos controlar a entrada e saída. Mas então, como sabemos quem é príncipe e quem é sapo e como controlamos a “portaria” da nossa vida ? Fácil, os príncipes não existem, com exceção é claro dos desenhos, filmes e novelas. O resto é farsa. Infelizmente crescemos com a falsa idéia de que alguém irá nos salvar e de que seremos felizes para sempre. O resultado é que criamos expectativas demais nas nossas relações e principalmente na outra pessoa. Não podemos nos comportar como se fossemos princesas a espera de salvação, primeiro porque princesas também não existem e segundo porque não podemos depender de alguém para nos salvar ou para sermos felizes.

Outra questão é o “foram felizes para sempre”. Porque um relacionamento só dá certo se ele dura para sempre? Não deu certo se durou 1 dia, 1 semana, 1 ano? Vocês não foram felizes por aquele determinado tempo? Porque lamentamos a perda ao invés de comemorar a felicidade que experimentamos? Porque não respeitamos a decisão do outro em não querer mais nossa companhia? Alias, sabe aquele falso príncipe do início da história, o mau caráter? Ele não é tão mau assim como parece, tem uma história de abandonos desde a criança o que gerou uma necessidade de atenção muito maior do que a pobre princesa podia dar, por isso não podemos culpá-lo, pois naquele momento ele precisava de algo que ela não podia dar. Portanto, podemos dizer que estar juntos em um relacionamento é caminhar na mesma direção, com o mesmo objetivo, quando um ou os dois sentem necessidade de mudar de caminho, existe a possibilidade do fim do relacionamento. Imaginem uma mulher aos 15, 20, 30 anos e verá que somos seres em constante evolução, nossos desejos mudam e a pessoa que está ao nosso lado também.
Quanto a princesa, ela deixou de ser princesa e por conseqüência não quis encontrar outro príncipe, casou-se com um homem normal, com todos os seus defeitos e é claro qualidades. Mas antes disso tudo, aprendeu a ser feliz sozinha e passou a acreditar no amor sem cobranças, sem correntes e sofrimentos. Terminou a faculdade, foi promovida no emprego, comprou sua casa, tornou-se independente. Um dia saiu com alguém sem pretensões, não sentiu aquele frio na barriga, nem viu estrelas e corações caírem, mas ali de mãos dadas pode sentir a segurança e confiança de um homem comum. Não podemos dizer que eles serão felizes para sempre, mas podemos afirmar que hoje eles são, e é isso o que importa.

(desconhecido)

sábado, 16 de outubro de 2010

Aqui no meu peito mora uma menina.
Uma menina chorona, que teima em acreditar na vida, insiste em buscar a verdade sobre ela mesma, mas, às vezes se esconde sob muros que o seu próprio medo construiu.
É, eu sinto medo. Muitas vezes.
E às vezes ele é assustador, inteligente até e sai me rondando feito bicho matuto solto no mato noturno, contando-me mentiras sobre mim mesma e assustando-me com coisas ridículas que por muito tempo acreditei serem verdades absolutas e hoje, bem aos poucos, elas caem por terra...
Acho que estou nascendo de novo. Tão devagar que quase perco a paciência, mas já dá pra ver um pouquinho de diferença neste meu andar.
Hoje olho o medo de frente e ele parece que segue o mesmo... eu é que vou ficando diferente.
Incrível é a força da verdade em uma alma que a busca com sinceridade.Não há outra força mais arrasadora.
É ela quem me limpa os olhos diante do medo de viver, de buscar, de perguntar, de responder a perguntas que antes não me eram muito fáceis de responder.

(Ziza Fernandes)

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Hoje a saudade veio me visitar...

Não sei se estou perto ou longe de mais, se peguei o rumo certo ou errado. Sei apenas que sigo em frente, vivendo dias iguais de forma diferente. Já não caminho mais sozinha, levo comigo cada recordação, cada vivência, cada lição. E, mesmo que tudo não ande da forma que eu gostaria, saber que já não sou a mesma de ontem me faz perceber que valeu a pena.

(desconhecido)

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
muda-se o ser, muda-se a confiança;
todo o Mundo é composto de mudança,
tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades,
diferentes em tudo da esperança;
do mal ficam as mágoas na lembrança,
e do bem (se algum houve), as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto,
que já coberto foi de neve fria,
e, enfim, converte em choro o doce canto.

E, afora este mudar-se cada dia,
outra mudança faz de mor espanto,
que não se muda já como soía.



(Luís de Camões)

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

...

“... e se desfaçam todos os cenários
não quero a vida pra fazer ensaio
quero viver como se fosse hoje
o último dia.

Que se dissolva toda fantasia
não quero a máscara da hipocrisia
e que ao final de tudo o grande aplauso
seja pra vida...”

Pe.Fábio de Melo